Nos dias 4, 5 e 6 de outubro, os valencianos tiveram a oportunidade de apresentar para o mundo sua primeira feira literária, a FLIVA, realizada pela Interagir Editora e Eventos e pelo Governo Municipal. O idealizador do que antes era apenas sonho, é Leonardo Pançardes, que com a FLIVA visa somar no cenário cultural da cidade, criando um espaço de encontro anual entre os amantes da palavra escrita.

Os números surpreendem. Foram 9 palestras, 2 oficinas, 6 exposições, 6 mesas de debate, 7 saraus, 51 sessões de autógrafos entre os vários lançamentos de livros, etc. Na verdade mais de 100 eventos aconteceram nas tardes, manhãs e noites dos 3 dias, fazendo com que o público presente no Jardim de Cima se deliciasse com tamanha programação.

Claro que não há como passar para o papel tudo o que aconteceu ali, mas alguns pontos saltaram aos meus olhos, como o Stand muito bem montado e sempre lotado da Cia do Livro, mostrando que as pessoas gostam de livro sim e os compram. Também ressalto a excelente palestra sobre “RPG na Educação”, ministrada pelo profº Rabib Floriano, que merecia ser assistida por todos os educadores que buscam formas mais próximas da linguagem dos seus alunos para passarem o conteúdo de suas disciplinas. Na palestra, Rabib apresentou o caráter pedagógico do jogo e como ele pode ser usado como instrumento de práticas educativas. A palestra aconteceu ao mesmo tempo em que rolava o “I Encontro de RPG – Sul Fluminense”, onde amantes de RPG de toda a região se reuniram com o intuito de estimular a prática do jogo e divulgá-lo. O encontro contou com 7 mesas de RPG, diferentes sistemas e ainda um campeonato de Magic.

Também tive a honra de ser convidado para participar de uma mesa de debate sobre “Literatura e Música” com Sara Bentes, Jocely Macedo e Rafael Motta e não podia deixar de citar o prazer de conhecer a cantora Sara Bentes, cantora e compositora premiada internacionalmente, com participações em festivais de arte nos Estados Unidos, Argentina e Itália e que também apresentou seu livro de crônicas “Quando Botei a Boca no Mundo”.

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Outra mesa de debate que pude apreciar foi “Esse tal de Rock and Roll! Um Olhar Sobre as Composições Musicais Valencianas”, com a presença de Alexandre Fonseca (Professor de História), Giovanni Nogueira (banda Gadernal), Igor Almeida (banda O Celeiro das Rochas), João Jr. (banda The Black Bullets) e Douglas Lacerda (Artista da gravadora Deck Disc). A educação musical nas escolas foi um dos temas que esteve presente nas duas mesas citadas.

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Dentro da feira também teve um espaço para as crianças, a “Flivinha”, com contação de história, teatro e encontros com autores de obras infantis. Momentos como a “Contação de Histórias da Tia Tati” e “As Histórias da Fuxico”, com a apresentação do Teatro da Fuxico com alunos da rede municipal de Rio das Ostras fizeram a alegria da criançada.

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O Sarau “Solidões Coletivas” – De Camões a Renato Russo: Como se diz Eu te amo? – As Solidões Coletivas da Palavra Amor com o escritor Carlos Brunno e cia também estiveram presente. Carlos Brunno também lançou na FLIVA seu mais novo livro: “Bebendo Beatles e Silêncios – George Harrison e eu num bar de Shangri-La”.

Minha amiga Helen Farina, que com seu violão se fez presente em tribos indígenas como a Terena e a Kaiowá e em cidades da Itália e Espanha, surpreendeu-me, pois sinceramente esperava ter a oportunidade de gravar seu CD primeiro, mas antes veio o lançamento de seu livro “A Montanha Zoe”. Sucesso!

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Outra novidade foi a primeira edição do “Sarau Literário Cristão”, mesclando poesia e fé com as declamações de Julieta Farina. Apresentando em forma de música, a poesia de Sérgio Pimenta, João Alexandre e Palavrantiga, formei um trio com os músicos Igor Almeida e Daniel Barbosa da banda “O Celeiro das Rochas” e subimos ao palco na tarde de domingo. Espero que seja o primeiro Sarau de muitos.

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Como citei no início do texto, não há possibilidade de colocar no papel tudo o que aconteceu na FLIVA, tamanha a quantidade de pessoas envolvidas nos eventos, mas é fácil perceber que Valença deu um passo a mais em direção a um crescimento cultural. É fácil perceber que eventos como esse nos colocam no mapa como uma cidade não só interessada, mas que também produz cultura. Foi gratificante ver vários amigos palestrando, autografando livros e debatendo nas diversas mesas do evento. Aplaudindo de pé não só aos idealizadores, mas também aos patrocinadores, palestrantes, escritores, músicos e principalmente ao público presente, termino com um sorriso nos lábios este texto. Que venha a FLIVA 2014!

3 COMENTÁRIOS

  1. Pinheiro, você foi fantástico em sua abordagem. De forma simples e direta conseguiu passar aos leitores a importância e a responsabilidade que a FLIVA representará a todos nós amantes da Cultura em geral. Obrigado por sua disponibilidade e atenção. A integração e a parceira transformou um sonho de muitos em realidade de todos! Viva a Fliva. Que venha 2014!

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