Praça XV de Novembro (Jardim de Baixo)

Parque ajardinado, verdadeiro recanto de paz em meio a agitação do centro da cidade, com lago, chafariz e vegetação exuberante. Sua construção foi determinada pelo presidente da Câmara João Rufino F. de Mendonça, sendo inaugurada em 1884. A transformação do grande descampado é atribuida a Auguste François Marie Glaziou, que veio para o Brasil em 1858, a convite de D. Pedro II. Passear por suas alamedas é um convite à comunhão com a natureza. Suas linhas são do estilo inglês. Árvores frondosas, centenárias, de várias espécies, como jameleiras, figueiras, acássias e palmeiras se misturam com sabiás, bem-te-vis e o bicho preguiça (Bradypus Variegatus), que completam o quadro bucólico. Espalhados pelo parque há vários monumentos, entre eles o Busto do Comendador Antônio Jannuzzi, construído em 1915; o Divã de Cantaria, de 1831; o Chafariz, onde os escravos encontravam-se para encher os tonéis d’água e lavar roupa, todo em cantaria de granito, o chafariz foi construído em 1850, e se constituía como ponto principal de abastecimento de água da cidade.

Ao redor da Praça podemos apreciar alguns prédios que merecem destaque, tais como a Câmara Municipal, um do mais expressivos exemplares da arquitetura neoclássica da cidade foi construído entre 1854 e 1856, sob o plano de engenharia do Capitão Antônio Pinto de Figueiredo Mendes Antas, todo em pedra e cal e com ricos trabalhos em cantaria de granito nos vãos das janelas e sacadas. Concebido para ser o centro do poder, decidia-se neste recinto a vida de Valença, através dos memoráveis discursos e debates nas sessões da câmara ou nas audiências do júri (que durante anos ocupou parte deste prédio). Junto funcionou desde de 1874 a Biblioteca Municipal D.Pedro II.

Em seu interior encontra-se uma belíssima tela de D. Pedro II, pintada em 1850 por Claude Barandier. No canto da praça, à esquina da rua Cel. Leite Pinto, está o casarão neoclássico, construído em meados do século XIX, que foi residência do arquitero D. Joaquim Soto Garcia de La Veja, destaca-se na construção os imponentes portões  encimados por estátuas de louça. Nesta mesma esquina, subindo no sentido da ladeira, existem vários casarões construídos ao longo do século XIX e início do XX. Do outro lado do jardim, próximo à rua Visconde de Ipiabas está a Escola Normal, fundada em Valença em 1928. Construído por volta de 1939, o prédio em estilo eclético é simples. Ao lado da construção está uma outra construção que nos anos 40, quando adquirida pela escola, foi transformada em Capela. Esta construção neoclássica é da segunda metade do século XIX e serviu de residência para a  ilustre família Moreno de Alagão (família do republicano Quintino Bocayuva).

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