Poema do Interior

Afrouxar os passos ao vaguear
pelas ruas de café do interior.
A Deus uma oração,
os pés na terra virgem,
roçar os lábios em água de mina.
Convém deixar sob o sol
as roupas embriagadas do
frio que encharca a alma
e afoga o corpo no torpor.
Desconectar a vida da tomada,
em compasso lento seguir as pegadas
dos homens que um dia correram,
mas que hoje insistem em caminhar,
para que ninguém fique para trás.

Por: Leonardo Francisco
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