Conservatória cresceu e prosperou durante o ciclo do café da economia brasileira, a partir do século passado. A cidade, hoje distrito do município de Valença, foi um importante elo na produção e circulação do produto, abrigando mais de 100 fazendas que plantavam o café e o escoavam pelo antigo caminho ferroviário que vinha das Minas Gerais e ia para a Corte, na cidade do Rio de Janeiro, de onde seguia para o porto e outras cidades do país.

O primeiro registro da localidade data do final do século XVIII, a partir de um relato de 1789, em que Conservatória era reserva dos índios Araris, “elegantes e desembaraçados”, segundo o naturista Saint Adolph, um dos primeiros historiadores a registrar o fato. Diversas histórias justificam a origem do nome, sendo que a mais corriqueira diz que o lugar era conhecido como “Conservatório dos índios”, um lugar de excelente clima e protegido por montanhas, onde os Araris se recolhiam para se recuperar de doenças que dizimavam as tribos e local no qual resolveram se instalar definitivamente. Em 1826, existiam cerca de 1.400 índios aldeados na reserva, vivendo felizes no lugar de onde seriam exterminados pelos desbravadores colonialistas. Vestígios dos Araris, como artefatos em cerâmica e algumas ossadas, já foram encontrados em escavações feitas em diversos locais da região.

Segundo Saint Adolphe, cientista botânico francês, os índios “Araris” eram quase brancos, elegantes e desembaraçados e, ainda, segundo Saint Hilaire, outro cientista francês que andou por estas plagas, “esses índios, pela aparência, costumes e desenvoltura, deviam ser descendentes dos “Goitacás de Campos”. E. Rugendas: “Os Araris eram, sem dúvida, resultantes do cruzamento dos “Coropós” com os temíveis “Goitacás” de Campos, que os venceram em batalha e os assimilaram.
Conservatória é um lugar tranquilo e aconchegante e que traz em sua arquitetura vários prédios tombados pelo patrimônio histórico e conserva assim casarios no estilo colonial, aqui você irá desfrutar de uma gastronomia ímpar, hotéis e pousadas maravilhosos e é claro terá muita história boa para ouvir e depois para contar.

A região possui muitas fazendas do ciclo do café e você pode agendar uma visita e conhecer alguns desses lugares maravilhosos, e conservatória dispõe de várias fazendas em seu entorno.

– Cine Centímetro / CineMúsica
Réplica do Cine Metro Tijuca no Rio de Janeiro, o Cine Centímetro em Conservatória é uma forma de trazer a memória a época do cinema de rua. A visitação feita é uma viagem no tempo com filmes antigos e um acervo de peças e réplicas da época.

– Casa de Cultura
Construído no Século XIX, o casarão já pertenceu às famílias do barão do café Francisco Leite Ribeiro e do padre João Pedro Seabra. A casa está sempre aberta e oferece exposições temporárias e permanentes. Possui um pequeno acervo de rádios e toca-discos, como um gramofone de 1910 e uma rádio-vitrola da década de 1940.

No local, há cerca de cinquenta obras do artista Luiz Figueiredo, que passou parte da infância na cidade. A coleção foi restaurada pela Fundação Portinari em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura. Vários museus de arte naïf (produzida por artistas sem formação acadêmica) da Europa também possuem obras de sua autoria.

O chafariz da praça de baixo de Conservatória pertencia ao apartamento de Luiz Figueiredo, em Copacabana.

Um acervo do Museu da Seresta, com fotos, músicas e notícias também é mantido pela Casa da Cultura. As famosas serenatas partem de lá, nas noites de sextas e sábados.

– Museu Silvio Caldas, Gilberto Alves, Guilherme de Brito e Nelson Gonçalves
O atrativo foi construído há cerca de 10 anos, com o objetivo de tentar reproduzir fielmente um sobrado do século XIX.
O acervo reúne documentos, fotografias, discos e objetos pessoais de Sílvio Caldas, Guilherme de Brito, Gilberto Alves e Nelson Gonçalves. Lá estão por exemplo, a carteira profissional de Guilherme, o chapéu panamá de Nelson, o violão que Juscelino Kubistcheck ofereceu a Silvio Caldas em 1957 e objetos pessoais de Gilberto Alves, além de troféus, discos, placas, roupas, fotografias, livros e documentos.

– Igreja Santo Antônio

– Serra da Beleza

Na verdade, a Serra da Beleza chama-se Serra da Taquara, e, há um tempo atrás, a Serra foi, e ainda é, procurada por ufólogos e por várias vezes a serra foi citada em revistas e jornais como ponto de Acontecimentos Extraterrenos, os OVNI´s.
É sem dúvida um dos mais belos lugares para se observar a região.

Serra com relevo de aspecto típico, onde os cumes apresentam-se de forma arredondada e em diversos níveis. A vegetação nas encostas apresenta trechos em mata virgem, de médio e alto porte, capoeirões e principalmente rasteira. O trecho mais elevado da RJ 137 chama-se Mirante da Serra, sendo o melhor local para se apreciar a belíssima paisagem que circunda a região, avistando-se desde o Pico do Cavalo Ruço até a Torre da Igreja de Santa Rita de Jacutinga (MG), e de onde se tem uma visão ampla  do imenso Vale do Rio Preto. Durante o mês de Julho a temperatura chega a 10 C.

Local visitado pelos aficionados em fenômenos extraterrestres.

Discos voadores

Conservatória é atualmente considerada um dos principais pontos de observação de ovnis, sendo inclusive realizados lá congressos e festivais de filmes de ufologia.

– Túnel que Chora

– Ponte dos Arcos
A ponte dos arcos foi construída entre 1877 e 1883, pela extinta estrada de ferro Santa Isabel, foi inaugurada por Dom Pedro II em 1884, e desde que passou por ela o último trem em 1963, a ponte se tornou uma atração turística da localidade, sendo uma das mais antigas pontes da rede ferroviária que ainda se conserva em pé. A Ponte dos Arcos possui 100m de extensão, 12m de altura e 4m de largura e foi construída em pedra, cal e óleo de baleia. Compõe-se de dois arcos plenos, construídos à maneira egípcia, com pedras justapostas, funcionando a tração e compressão. Sua base é constituída de grandes pedras sobrepostas e o corpo da ponte com pedras menores e roliças, situa-se na estrada Conservatória / Santa Isabel do Rio Preto, as margens do rio da Prata, junto a uma pequena cachoeira, entre morros.

– Cachoeira da Índia

– Locomotiva 206

– Fazendas

 

1 COMENTÁRIO

  1. Estarei na cidade nos dias 03 a 05 de junho 2022, gostaria de saber se tem alguma programação nessa data em especial

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