Como vestibulanda, há apenas alguns meses do ENEM, principal programa brasileiro de ingresso às Universidades, senti a necessidade de trazer à tona um assunto que precisa ser discutido com muita seriedade devido ao seu potencial tanto destrutivo se continuar sendo tratado como algo comum, quanto instrutivo, se aproveitado de maneira correta e cultural; “Trotes Universitários.”

É normal que ao entrar na faculdade, a maioria dos estudantes queira comemorar e transformar tudo “em festa”, até porque, muitas das vezes, esse ingresso provém de um grande esforço. Porém, será que essa experiência tão esperada tem sido positiva?

As manchetes divulgadas no início dos anos letivos, vem a cada ano surpreendendo e até mesmo aterrorizando futuros universitários e os responsáveis dos mesmos. Os trotes universitários que são um tipo de ritual de passagem, estão cada vez mais violentos, com direito à humilhação pública, abuso sexual, uso de substâncias ilícitas e agressão física, podendo causar até mesmo sérios problemas psicológicos.

Os calouros que deveriam ser bem recebidos nesta nova etapa, são hostilizados pelos veteranos, estudantes mais antigos das universidades, que possuem um senso equivocado de superioridade que aumenta cada vez mais. Vale ressaltar que esses acontecimentos geram um ciclo vicioso, pois os que uma vez foram maltratados, sentem-se motivados a agir da mesma forma nos próximos anos, onde na condição de veteranos irão, de forma impensada, tomar uma postura revanchista em relação aos novatos.

È necessário responsabilizar os veteranos envolvidos com punições que podem ir desde a suspensão, ao desligamento do aluno pela instituição, pois é inaceitável que as mesmas , que são responsáveis pela formação de profissionais engajados na sociedade contemporânea, ainda aceitem esta postura preconceituosa e exclusiva. É interessante motivar Projetos de Trotes Culturais como o realizado na UFF (Universidade Federal Fluminense), que visa a multiplicação de ações de responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.

Por Thaís Pinheiro Bonfante Sá Freire

*Thaís Pinheiro Bonfante Sá Freire-17 anos.

*Formada em inglês avançado e conversação fluente.

*Cursando o terceiro ano do ensino médio.

*Cursando pré- vestibular para o curso de Medicina. *…

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